UNIDADE FABRIL DA AZARUJA
O polígono de implantação do edifício procura mediar a circulação interior de veículos de transporte à zona de receção de matéria-prima, a amêndoa. A implantação adopta uma orientação equivalente à do vento predominante no local de forma a evitar a concentração de pequenas partículas em suspensão que serão geradas no momento da descarga de amêndoa.
Tratando-se de uma atividade sazonal, que acompanha o período de apanha de amêndoa (verão), reserva-se a superfície do lote ao armazenamento temporário do fruto, sendo ainda prevista a sua ocupação por casca proveniente do descasque, pequenas folhagens e pedras, proveniente da limpeza inicial.
O edifício reúne um conjunto de espaços operacionais destinados ao processo industrial, nomeadamente, zona de receção de matéria-prima e silos, zona de descasque de amêndoa, zona de armazenamento e cais de carga.
O edifício assume uma linguagem arquitetónica de caracter industrial, optando-se pela repetição de um módulo que confere ao conjunto uma volumetria dinâmica.
Merece salientar-se que a cércea média aproximada é de 9.33m, justificada pela necessidade de altura interior para integração de equipamentos de destaque, tapetes de elevação de produto e de ciclones, tubagem de exaustão.
localização
Évora, Portugal
projecto
2017
obra
2019